A medicina está em constante evolução, e na área de cirurgia de cabeça e pescoço não é exceção. Neste artigo, a Dra. Marina Azzi discute o uso de robótica, que melhoram os resultados cirúrgicos e reduzem o tempo de recuperação.
Os avanços tecnológicos na cirurgia de cabeça e pescoço permitem incorporação de tecnologia com objetivo de trazer benefícios no tratamento dos pacientes que necessitam de intervenção para resolução de alterações anatômicas, as quais promovem sintomas, ou doenças malignas.
A cirurgia robótica permite o acesso à região da orofaringe (habitualmente referida como garganta), com emprego da técnica conhecida com TORS- TransOral Robotic Surgery. O acesso a essa região anatômica pode ser desafiador a depender da anatomia do paciente e do tamanho do tumor a ser retirado. No passado, eram empregados acessos, os quais promoviam impacto negativo na função dos órgão locais e na estética, podendo proporcionar alterações na fala, na deglutição e na respiração; além da presença de cicatrizes na face e no pescoço. Muitas dessas lesões deixaram de ser tratadas cirurgicamente por este motivo. O emprego da plataforma robótica permite acesso a essa região com maior precisão e menor impacto local, proporcionando mais uma opção terapêutica na abordagem das doenças dessa região.
A plataforma robótica também pode ser empregada na realização de outros procedimentos cirúrgicos na região de cabeça e pescoço como: esvaziamento cervical; abordagem de lesões em glândulas salivares (como a glândula submandibular); lesões benignas no pescoço como cistos branquiais e tireoidectomia.
O emprego de acessos remotos, como o acesso retrorauricular nas abordagens do pescoço, permite esconder cicatrizes com benefício estético e minimização no surgimento de áreas de retração decorrentes do processo cicatricial.
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